Realizado de 24 de novembro a 01 de dezembro de 2011, o 5º Encontro de Cinema Negro Brasil África e Caribe, aconteceu no Cinema Odeon Petrobras, no Centro Cultural da Justiça Federal e no Espaço Oi Futuro de Ipanema. O 5º Encontro de Cinema Brasil África e Caribe apresentou mais de 50 títulos do Brasil, da África e do Caribe, além de promover os seminários “Diálogos entre as Artes: Brasil –África, Um Universo Comum”. Esta 5º Edição foi feita homenagem as dois símbolos importantes de Burkina Faso (país do continente africano): ao FESPACO – Festival Pan Africano de Cinema de Ouagadougou, maior festival de cinema africano e ao ator, griot e diretor Soutegui Kouyaté, vencedor do Urso de Prata de Melhor ator no Festival de Cinema de Berlim, em 2009.
Esteve presente durante todo o encontro a Sra. Suzanne Kourouma, que é a presidente da MICA – Mercado Internacional de Cinema Africano, representando o Diretor Geral do FESPACO o Sr. Michel Ouedreogo.
Luciano Vidigal/RJ, Janaína Re.Fem/RJ, Ierê Ferreira/RJ, Sabrina Rosa/RJ, Alexandre Rosa/SP, Daniel Leite/RJ, Vavá Carvalho/RJ, Dudu Fagundes/RJ e Zózimo Bulbul/RJ.
A programação contou com filmes de Mahamat Saleh Haroun/Chade, Missa Hebie/Burkina Faso, Owel Brown/Costa do Marfim, Souleymane Cissé/Mali, Cheick Oumar Sissoko entre outros.
Outras duas personalidades internacionais importantes que estiveram presentes durante todo o 5º Encontro, o Exmo. Sr. Ministro do Pan-Africanismo no Senegal Amadou Lamine Faye e o Cônsul Geral do Senegal no Brasil Sr. Madiagne Diallo.
Durante os 7 dias de evento contamos com um publico de aproximadamente, 2 mil pessoas. Este ano o publico presente em sua maioria foi de jovens e adultos, com destaque especial para a participação de professores do ensino público e estudantes de cinema e audiovisual.
Outro destaque da programação foram as exibições de filmes produzidos por cineastas brasileiros, na África. Dos cinco filmes apresentados, quatro destes filmes foram produzidos pelo Centro Afro Carioca de Cinema: “Fragmentos” de Ierê Ferreira (2010), foi realizado durante o 3º Festival Mundial de Artes Negras; “Vírus Africano” de Janaína Re.Fem(2011), “Identidade Africana” de Alexandre Rosa(2011), “Mundo África” de Luciano Vidigal(2011), foram produzidos durante o FESPACO em feveiro-março de 2011.
Durante o encontro foi realizado os “Diálogos Entre as Artes: Brasil –África, Um Universo Comum”, que privilegiou o dialogo entre as varias artes que compõem a sétima arte – o cinema- e ampliou a discussão de como a produção cinematográfica pode servir de instrumento na criação de políticas publicas e ações afirmativas.
Os “Diálogos Entre as Artes: Brasil –África, Um Universo Comum”, realizado de 25 a 29 de novembro, no Centro Cultural da Justiça Federal e no Cinema Odeon Petrobras.
Os Temas Abordados foram:
Esta mesa mostrou como a produção cinematográfica no Brasil e no Caribe pode ajudar a diminuir conflitos culturais e sociais. Foi dito que a produção cinematográfica no Brasil serve de instrumento não só para criação de ações afirmativas como também possibilita a ampliação das politicas já existentes. Rigoberto Lopez, cineasta cubano, falou sobre a experiência no Instituto Cubano de Arte e da Indústria Cinematográfica – ICAIC e da Escola Internacional de Cinema e TV de Cuba – EICTV.
Esta mesa foi voltada para a divulgação e homenagem ao FESPACO – Festival Pan Africano de Cinema de Ouagadougou, que é realizado a mais de 40 anos em Burkina Faso, e reconhecido por muitos como o maior festival de cinema africano. O também homenageado Soutigui Kouyaté também foi homenageado. A Sra. Suzanne Kourouma falou um pouco sobre o FESPACO, ela que é Presidente da MICA – Mercado Internacional de Cinema Africano, que é um dos pontos mais importantes dentro da estrutura do Festival.
Dois cineastas e um Ministro, discursaram sobre a necessidade de cada vez mais ampliar, divulgar e reforçar o debate sobre os temas que envolvem as ações relacionadas a promoção da Igualdade Racial. O Ministro Amadou Lamine Faye, falou sobre a importância da realização dos Encontros de Cinema Negro Brasil África e Caribe, como forma de promoção da igualdade racial, sobre tudo, quando o olhar afro descendentes é valorizado. Amadou, completa dizendo que é muito importante dar voz, através do cinema, a produtores e cineastas afro brasileiros.