Iniciou sua carreira em meados dos anos 60, Zózimo Bulbul, despontou como ator nos anos áureos do Cinema Novo, tendo atuado em filmes muito importantes na História do Cinema Brasileiro. E trabalho com os diretores: Glauber Rocha, Leon Hirzman, Caca Diegues, Antunes Filho e outros. Trabalhou em aproximadamente 30 filmes como ator. Zózimo foi o primeiro protagonista negro de uma novela brasileira, fazendo par romântico com Leila Diniz em “Vidas em Conflito”.
Insatisfeito com a condição reservada aos negros nas telas decidiu escrever e dirigir seus próprios filmes. Em 1974, dirige o curta metragem em preto e branco “Alma no Olho”, considerado uma das melhores obras da cinematografia afro descendente. Em 1988 lança o seu longa metragem “Abolição”, que propõe uma reflexão crítica sobre a então comemoração dos 100 anos da abolição da escravatura. Dirigiu também inúmeros curtas, sempre com um olhar para o negro na sociedade brasileira: “Aniceto do Império” (1981), “Samba no Trem” (2000), “Pequena África” (2002), entre outros.
Em 2007, fundou o Centro Afro Carioca de Cinema, aonde vem desenvolvendo um trabalho de referencia para a Cinematografia Afro Brasileira. Um trabalho de conscientização, memória e incentivo a novos caminhos, de aumento de autoestima e da compreensão do mundo através da arte Cinematográfica, onde são realizadas Oficinas, debates, seminários, mostra de filmes nacionais e internacionais, lançamentos de livros entre outras ações. E no mês de novembro realiza os Encontros de Cinema Negro Brasil/África, que acontecem há cinco anos. O Centro afro Carioca de Cinema já levou 14 cineastas brasileiros à África e já trouxe 32 cineastas de diversos países como Senegal, Cabo Verde, Cuba, Chad, Burkina Faso, Colômbia, E.U.A., África do Sul, Congo, Costa do Marfim, Nigéria, Guiné, Camarões, Angola.
No ano de 2010, a convite do Presidente do Senegal, Zózimo realizou o filme “Renascimento Africano”, que mostra o Senegal nas comemorações dos 50 anos de independência.